AIG lança seguro de crédito para CRA

O seguro de crédito para o CRA tem como objetivo garantir a performance das cotas seniores

Por Juliana Schincariol

https://valor.globo.com/financas/noticia/2021/09/17/aig-lanca-seguro-de-credito-para-cra.ghtml

A AIG Seguros lançou no Brasil um seguro de crédito para certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs), produto que ainda não estava disponível no mercado local. Até então, os interessados em seguros neste tipo de cobertura precisavam realizar a operação no exterior.

No ano passado, foram realizadas 65 operações de CRAs no Brasil, que totalizaram cerca de R$ 16 bilhões. “Metade delas contaram com seguros, que foram colocados fora do país. Isso acarreta um custo extra de pagamento de impostos. O incremento do custo da apólice chega a ser de 25% a 30% maior”, diz o gerente de seguro de crédito da AIG, André Graupen.

Com o novo seguro, a AIG passa a oferecer um produto personalizado para o mercado nacional, com apólice em português e condições e cláusulas adequadas à regulamentação local, contribuindo para ainda mais transparência no segmento de securitização e entre os investidores, completa. No momento, a seguradora está negociando algumas apólices, para possíveis emissões nas próximas semanas, segundo o executivo.

Há dois anos, a seguradora lançou uma solução voltada para os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs). A AIG tem como estratégia não trabalhar com Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Segundo Graupen, a seguradora americana optou por atuar no mercado do agronegócio, que está entre os carros-chefe da economia brasileira.

Com a solução para o CRA também será possível melhorar o rating das emissões. “O rating do grupo AIG vai ser refletido na operação por uma agência de rating. Emprestamos nosso balanço para suportar a operação”, afirma o executivo.

O seguro de crédito para o CRA tem como objetivo garantir a performance das cotas seniores. Os segurados são os investidores e o agente fiduciário. As novas regras dos seguros de grandes riscos trouxeram flexibilidade para as apólices, o que possibilita que os contratos sejam sob medida, conforme o interesse dos investidores, especialmente nas ofertas restritas, via instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Antes mesmo das mudanças das regras do segmento, a AIG já estudava trazer esse tipo de produto para o Brasil. Para as operações para investidores de varejo, por meio das ofertas 400, as apólices serão mais padronizadas.

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